YOGA é o caminho do meio, por ser a
busca do equilíbrio. É a linguagem da natureza através dos âsanas/posturas. É a
totalidade onde o sentir é mais importante que o saber. O vivenciar em lugar do
relatar. Yoga é a participação consciente da nossa realidade interna com a
externa.
Neste inverno aplicamos a conduta
disciplinar do Niyama Santosha,
Yamas e Niyamas são os pilares de uma prática de Yoga sólida e
coerente. É o código de ética que devemos aplicar em nossa vida e estender a
prática para todo o nosso dia, muito para além da hora no tapetinho. E assim,
Yoga deixa de ser algo que fazemos e passa a ser algo que faz parte de nós.
Os Niyamas nos dão
a orientação quanto á relação conosco mesmos. São ações voltadas para o nosso
interior, mas que facilitam a forma como nos movemos no mundo, abrindo caminho
para os outros passos do Yoga. No Sutra 32 do Capitulo 2 do Yoga Sutra,
Patanjali cita os cinco Niyamas: Saucha, Santosha, Tapas, Svadhyaya e Ishvara
Pranidhana.
Pensemos na prática
dos Niyamas como um jardim. Com Saucha limpamos a terra, com Santosha
agradecemos a chuva, o sol e o vento, com Tapas queimamos as sementes das ervas
daninhas que insistem em germinar, com Svadhyaya estudamos a situação emocional
e com Ishvara Pranidhana atingimos o Ser.
Santosha:
contentamento, felicidade é o segundo niyama.
A felicidade
é uma atitude. Se você está acostumado a ser infeliz, mesmo na melhor situação
você ainda vai reclamar e ser infeliz.
Santosha é uma
prática.
Ser
incondicionalmente feliz é uma prática.
"Venha o que vier hoje eu vou sorrir.
De qualquer forma todos vão morrer. Tudo vai sumir e desaparecer, e daí? Deixe
que eu seja ao menos feliz. Sorria neste momento e desfrute de sua própria
respiração”.
Esta é uma das regras do
yoga: Santosha, (cultivar
a prática de) ser feliz.
A força de sua felicidade é medida
pelas situações adversas que você passa. Se tudo é suave e você dá um sorriso,
então, esse sorriso não vale nada. Mas se você puder sorrir em qualquer
situação, através de qualquer evento e dizer: "e daí? Eu irei
manter um grande sorriso. Deixe o mundo morrer e desaparecer, mesmo assim não
vou vender o meu sorriso. Eu não vou ser infeliz".
Esta força em si é Santosha. Esta é uma atitude para
desenvolver
Santosha-
Contentamento perante a vida
Significa
contentamento, mas não aquele condicionado pelas situações que correspondem aos
nossos desejos. Pelo contrário, é um contentamento perante a vida, em todas as
suas nuances. Porque encaremos a realidade, para cada prazer há uma ilusão, uma
expectativa e um desprazer no final, seja porque acabou seja porque a
expectativa não foi correspondida. E nenhum problema em fazer coisas
prazerosas, mas podemos não nos identificar com isso, de forma a que quando
chegar o outro lado da moeda, não haja desespero. Quando estabelecemos Santosha
dentro de nós, estamos satisfeitos com o que a vida nos traz. Precisamos
reconhecer que o mundo não gira ao nosso redor.
Então, Santosha requer a maturidade emocional de entendermos que o
Universo não se conformará a nossa vontade e que não estamos sempre no lugar do
condutor. Mas traz consigo a gratidão, uma forma de amor. Quando por exemplo,
trazemos Santosha para a prática de asanas, paramos de querer chegar mais longe
e de forçar o corpo a ir onde ele, simplesmente, não está preparado para ir. Aí
sim, podemos agradecer, respirar e fluir, ganhando muito mais benefícios do que
quando somente pensávamos na postura perfeita.
OM SHANTI
Crédito – Olga
Rodrigues
Sonia Amaral
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