sexta-feira, 3 de julho de 2020

YOGA - SÉRIE DO INVERNO 2020 – NIYAMA SANTOSHA


YOGA é o caminho do meio, por ser a busca do equilíbrio. É a linguagem da natureza através dos âsanas/posturas. É a totalidade onde o sentir é mais importante que o saber. O vivenciar em lugar do relatar. Yoga é a participação consciente da nossa realidade interna com a externa.

Neste inverno aplicamos a conduta disciplinar do Niyama Santosha,
Yamas e Niyamas são os pilares de uma prática de Yoga sólida e coerente. É o código de ética que devemos aplicar em nossa vida e estender a prática para todo o nosso dia, muito para além da hora no tapetinho. E assim, Yoga deixa de ser algo que fazemos e passa a ser algo que faz parte de nós.
Os Niyamas nos dão a orientação quanto á relação conosco mesmos. São ações voltadas para o nosso interior, mas que facilitam a forma como nos movemos no mundo, abrindo caminho para os outros passos do Yoga. No Sutra 32 do Capitulo 2 do Yoga Sutra, Patanjali cita os cinco Niyamas: Saucha, Santosha, Tapas, Svadhyaya e Ishvara Pranidhana.
Pensemos na prática dos Niyamas como um jardim. Com Saucha limpamos a terra, com Santosha agradecemos a chuva, o sol e o vento, com Tapas queimamos as sementes das ervas daninhas que insistem em germinar, com Svadhyaya estudamos a situação emocional e com Ishvara Pranidhana atingimos o Ser.

Santosha: contentamento, felicidade é o segundo niyama.

  A felicidade é uma atitude. Se você está acostumado a ser infeliz, mesmo na melhor situação você ainda vai reclamar e ser infeliz.

Santosha é uma prática.

 Ser incondicionalmente feliz é uma prática.

"Venha o que vier hoje eu vou sorrir. De qualquer forma todos vão morrer. Tudo vai sumir e desaparecer, e daí? Deixe que eu seja ao menos feliz. Sorria neste momento e desfrute de sua própria respiração”.
Esta é uma das regras do yoga: Santosha, (cultivar a prática de) ser feliz.
A força de sua felicidade é medida pelas situações adversas que você passa. Se tudo é suave e você dá um sorriso, então, esse sorriso não vale nada. Mas se você puder sorrir em qualquer situação, através de qualquer evento e dizer: "e daí? Eu irei manter um grande sorriso. Deixe o mundo morrer e desaparecer, mesmo assim não vou vender o meu sorriso. Eu não vou ser infeliz".
Esta força em si é Santosha. Esta é uma atitude para desenvolver



Santosha- Contentamento perante a vida
Significa contentamento, mas não aquele condicionado pelas situações que correspondem aos nossos desejos. Pelo contrário, é um contentamento perante a vida, em todas as suas nuances. Porque encaremos a realidade, para cada prazer há uma ilusão, uma expectativa e um desprazer no final, seja porque acabou seja porque a expectativa não foi correspondida. E nenhum problema em fazer coisas prazerosas, mas podemos não nos identificar com isso, de forma a que quando chegar o outro lado da moeda, não haja desespero. Quando estabelecemos Santosha dentro de nós, estamos satisfeitos com o que a vida nos traz. Precisamos reconhecer que o mundo não gira ao nosso redor.  Então, Santosha requer a maturidade emocional de entendermos que o Universo não se conformará a nossa vontade e que não estamos sempre no lugar do condutor. Mas traz consigo a gratidão, uma forma de amor. Quando por exemplo, trazemos Santosha para a prática de asanas, paramos de querer chegar mais longe e de forçar o corpo a ir onde ele, simplesmente, não está preparado para ir. Aí sim, podemos agradecer, respirar e fluir, ganhando muito mais benefícios do que quando somente pensávamos na postura perfeita. 

OM SHANTI


Crédito – Olga Rodrigues
              Sonia Amaral
     Shankar




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